Quatro pessoas morreram e 13 ficaram
feridas em um grave acidente no fim da tarde deste domingo (10), no
Bairro Marta Helena, em Uberlândia. Uma carreta carregada de cerveja
passou por cima de vários carros e de duas motos depois de,
aparentemente, ter perdido o freio. Duas pessoas morreram no local. E
segundo a assessoria de imprensa do Hospital de Clínicas da Universidade
Federal de Uberlândia (HC-UFU), 15 vítimas deram entrada no local. Duas
crianças, de quatro e dez anos, não resistiram aos ferimentos e
morreram no hospital.
De acordo com o vendedor Glauber
Vilela, que testemunhou o acidente, a carreta desceu desgovernada pela
Avenida Antônio Thomaz Ferreira Rezende, sentido Bairro Industrial.
Cerca de cinco carros estavam parados no semáforo, no cruzamento com a
Avenida Comendador Alexandrino Garcia, quando foram atingidos pelo
veículo. “Ele tentou desviar, mas atingiu todos que estavam na pista da
direita, inclusive os motociclistas. O caminhão trafegava a mais de 80
km/h”, disse. Em seguida, a carreta bateu em uma caminhonete e tombou,
arrastando por cerca de 500 metros. O motorista José Alevino Correia, de
60 anos, ficou preso às ferragens e foi resgatado sem vida.
O vendedor Gustavo Delfino Pinto, de
23 anos, estava em uma motocicleta e também morreu no local. Segundo
Fernando Costa, amigo da vítima, eles seguiam para uma quadra onde iriam
jogar futebol. “Eu ouvi um forte barulho e pulei da moto. A carreta
passou e quando olhei para o lado não vi mais meu amigo. Só depois
percebi que ele estava morto”, contou o rapaz, que teve escoriações.
O tenente do Corpo de Bombeiros Paulo
Cesar Souza informou que para o atendimento foram necessárias seis
viaturas dos bombeiros e 30 militares, além de ambulâncias da
Prefeitura. O técnico bancário Rafael Matias Marra passava por
Uberlândia e seguia com a família para Goiânia (GO). A lateral do carro
em que ele estava ficou toda destruída, mas ninguém se feriu. “O
motorista da carreta tentou desviar, mas saiu levando tudo. Eu ouvi o
barulho e pensei na minha filha, que estava no banco de trás do carro.
Fui o primeiro a socorrer algumas vítimas presas às ferragens”,
informou.O vigilante Renato Arantes mora próximo ao local. Ele disse que
frequentemente ocorrem acidentes no cruzamento. “Esta é uma tragédia
anunciada. Não tem placas informando que a rodovia termina aqui e que
tem semáforo. Quem não conhece chega com velocidade e não consegue
parar”, disse.
Com o impacto da batida, a fiação da
Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi atingida e a energia
foi interrompida na região. O trânsito ficou congestionado próximo ao
viaduto Régis Bittencourt, sentido Araguari, no Triângulo Mineiro, e foi
controlado pela Polícia Militar e Departamento de Trânsito (Detran).
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